Gestão de Produção

04/09/2011 19:29

 

 

 

O termo sustentabilidade é uma das palavras da moda no mundo corporativo, e nem sempre é entendida ou aplicada de uma forma correta.

 

Uma empresa sustentável é aquela que continua gerando lucros para seus proprietários sem causar impactos negativos aos outros clientes (internos e externos) da empresa.

 

Os outros clientes são os funcionários, os clientes propriamente ditos, os concorrentes, o governo, o meio ambiente, a comunidade em torno da empresa, etc. Portanto, se a organização consegue atingir seu objetivo principal (o lucro), mantendo impactos positivos para todos aqueles que participam direta ou indiretamente das atividades da empresa, ela se sustentará por longo prazo.

 

Adaptada à realidade das grandes empresas em todo o mundo, a prática da sustentabilidade  tende a se tornar usual também na gestão das micro e pequenas empresas. A mudança no comportamento deve ser feita não somente em razão de aspectos ambientais, mas também por benefícios econômicos que ela traz às micro e pequenas empresas, portanto a sustentabilidade não se aplica somente às grandes corporações, estas somente “aparecem” mais porque possuem um alcance maior e portanto têm impacto em um número maior de pessoas. Lembre-se que seu empreendimento tem um impacto local, e que deve ser sustentável em seu ambiente.

 

A conta que precisa ser feita não é apenas sobre o valor que o empresário vai pagar naquele momento. Ele deve pensar que o equipamento mais sustentável terá vida útil maior e trará retorno ao longo do tempo. É preciso pensar a médio e longo prazo. O empresário precisa pensar que vai levar um tempo para ter retorno, mas que depois desse prazo ele vai economizar muito. As empresas começaram a se dar conta da economia que podem criar com esses investimentos em sustentabilidade.

 

Para tornar sua empresa sustentável, considere os seguintes aspectos:

 

 

Sustentabilidade Ambiental

  • O lixo de sua empresa é reciclado?
  • Os resíduos gerados são tratados e descartados adequadamente?
  • Sua empresa apóia iniciativas ecológicas locais?
  • Caso seu bairro não possua iniciativas ecológicas, sua empresa as cria?

 

Sustentabilidade Social

  • Seus funcionários recebem um salário justo e um tratamento digno?
  • As condições e segurança no trabalho na empresa são adequadas?
  • Sua empresa apóia programas sociais locais?

 

Sustentabilidade Cultural

  • Sua empresa está bem encaixada no perfil do bairro ou da região?
  • Sua empresa apóia programas culturas no bairro?
  • O tipo de atividade exercida é adequada para a região na qual a empresa está?
  • Os valores culturais dos funcionários são os mesmos que os do empreendedor?

 

Sustentabilidade Econômica

  • A empresa consegue gerar lucro atuando de forma legal?
  • As negociações com os fornecedores são levadas de forma justa?
  • Os clientes recebem o valor pelo qual estão pagando ou são enganados com falsa propaganda?
  • A concorrência é feita de forma ética?

 

Aplicando o conceito de sustentabilidade em seu empreendimento, você não só poderá ver o crescimento da empresa e dos lucros no longo prazo, como se sentirá bem ao ver os impactos positivos que causa ao seu redor.

 

 

 

 

Caros amigos. Iniciamos mais um ano e como sempre a preocupação está em realizar o planejamento para este novo período.

 

 

 

Passou um ano que foi muito produtivo, marcado principalmente pela dificuldade de contratar profissionais, em qualquer área, com alguma qualificação.

 

Muitas empresas reduziram as exigências do perfil de funções buscando qualificar internamente seus colaboradores, mas com resultados nem sempre satisfatórios.

 

 

 

As perspectivas são favoráveis para o ano que se inicia o que provavelmente contribuirá para a manutenção do atual quadro de escassez de mão de obra.

 

 

 

Considerando este aspecto fundamental para o sucesso de sua empresa, por que não pensar em implementar um programa de qualidade de vida do trabalhador?

 

 

 

Empresários conscientes percebem que a qualidade de vida e a saúde são ativos importantes, envolvendo dimensões física, intelectual, emocional, profissional, espiritual e social.

 

 

 

Práticas inadequadas no ambiente de trabalho geram impacto negativo na saúde física e emocional dos empregados e na saúde financeira das empresas.

 

 

 

Baixa motivação, falta de atenção, diminuição de produtividade e alta rotatividade criam uma energia negativa que repercute na família e na sociedade.

 

 

 

Vivemos e trabalhamos numa sociedade do futuro, mas continuamos a usar os instrumentos do passado. Felizmente, para algumas empresas inovadoras e conscientes, este cenário não faz parte de sua realidade atual. As melhores empresas para se trabalhar transformaram o ambiente de trabalho e a saúde emocional e física em vantagem competitiva, tendo plena convicção estratégica de que quanto mais propiciar satisfação, mais retorno terão em produtividade, criando assim a visão de uma organização mais privilegiada, competitiva e equilibrada.

O propósito de um programa de qualidade de vida nas organizações é encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem estar entre todos os funcionários e famílias durante toda a sua vida profissional.

 

Consiste numa série de medidas adotadas pela empresa para a valorização do capital intelectual e engajar os colaboradores na política de desenvolvimento sustentável, o que favorece a retenção de talentos no quadro de pessoal, a inovação e o aumento d produtividade.

A estratégia de um programa de qualidade de vida canaliza seus esforços para alcançar os seguintes resultados:

• aumentar os níveis de satisfação e saúde do colaborador/ consumidor/ comunidade. (força de trabalho mais saudável)

• melhorar o clima organizacional (ambiente, relações e ações saudáveis)

• afetar beneficamente no processo de formação e desenvolvimento humano, agregando competências (capacidade e atributos)

• influenciar na diminuição da pressão no trabalho e do stresse individual e organizacional (menor absenteísmo/rotatividade; menor número de acidentes)

• melhorar a capacidade de desempenho das atividades do dia-a-dia. (maior produtividade)
Estas dimensões facilitam a consciência e o desenvolvimento da saúde integral, assim como a possibilidade de se ter uma visão sistêmica e seu posterior equilíbrio e expansão, pois sabemos que na vida sempre estamos buscando uma inter-relação harmoniosa dos vários aspectos e dimensões do ser humano. 

Desde que o mundo exigiu novas e complexas interações em termos de excelência em relação à produtividade e a qualidade dos serviços prestados, estamos tendo que constantemente se adaptar à todos estes estímulos, comprometendo de alguma forma nosso aprendizado e saúde. O psiquiatra Carl Gustav Jung dizia que se as coisas vão mal no mundo, algo deve estar mal comigo. Assim seria sensato, em primeiro lugar, ficar bem. Viver uma vida vibrante e feliz, na qual se utiliza o máximo que possui, com enorme prazer é um objetivo de vida. É o que dá qualidade à vida.

 

 

 

 

No post anterior mencionamos que o estudo de movimentos contribui para a simplificação do trabalho, padronização e consequentemente a melhoria da produtividade.

 

Este estudo se complementa com o estudo dos tempos (ou medição do trabalho), que visa determinar o conteúdo do trabalho de dada tarefa pelo cálculo do tempo que sua execução, conforme uma norma de rendimento bem definida, demanda a um colaborador. 

 

Taylor fez uso intensivo da cronometragem analítica para fixar o tempo-padrão do trabalho, enquanto que Gilbreth utilizou o estudo dos movimentos para melhorar e simplificar os processos de trabalho. Ambos se completam, pois não resolve nada implantar um tempo padrão em métodos de trabalho errados ou improdutivos.

 

Para a análise de tempos, utilizamos a Folha de Estudo de Tempos ou Folha de Cronometragem, onde anotamos a análise realizada dos tempos das operações e anotamos um esboço do layout do posto de trabalho. Nesta folha as informações básicas são:

 

 

 

- Identificação da tarefa, produto, modelo, etc.

 

- Identificação da seqüência de operações

 

- As tomadas de tempos para cada operação

 

- Apuração dos tempos médios das operações e tempo total da tarefa.

 

cronometragem consiste em uma técnica de medida observando-se in loco o local de trabalho ou através de vídeos, com cronômetro de escala 1/100.

 

Determinação do número de ciclos.

 

Algumas empresas estabelecem cronometragem  e aplicam o tempo médio, o que não leva em consideração diversos fatores tais como  a precisão das leituras e o nível exigido pelo serviço.

 

O número de ciclos representa a quantidade de cronometragens que devem ser realizadas em função da precisão exigida e do nível do serviço que queremos obter.

 

Recomendações para cronometragem:  

 

- Verificar se a operação é repetitiva;

 

- Obter informações sobre a operação e operador envolvido;

 

- Definição clara do início e fim do ciclo de operação a ser cronometrado.

 

- Trabalho manual e máquina;

 

   - Método padrão e desvios.

 

   - Elementos curtos, porém que possam permitir a anotação dos tempos        

 

     cronometrados;

 

   - Determinar o número de ciclos a serem cronometrados;

 

   - Eliminação dos tempos extrísecos (Falhas ou acidentes na operação);

 

   - Avaliar o ritmo do operador,comparando com médias históricas,

 

     habilidade, esforço, condições de trabalho, etc;

 

   - Calcular as médias aritméticas dos tempos cronometrados;

 

   - Determinação do Tempo Normal:  TN = Tempo Observado x Fator de ritmo

 

Avaliação do Fator ritmo 

 

Na execução de qualquer operação, os colaboradores trabalham em ritmos diferentes, ou seja, possuem velocidade, habilidade, força, compreensão e manuseio diferentes uns dos outros. Então como estabelecer um tempo de execução da operação se o tempo de cada colaborador varia muito?

 

São excluídos do cálculo do tempo os casos especiais em que o colaborador está muito acima ou muito abaixo da média.

 

Para análise do ritmo, também é definido o trabalhador-padrão e qual seu desempenho.

 

- FR (Fator Ritmo) > 100% = Ritmo acima do normal;

 

- FR (Fator Ritmo)= 100% = Ritmo normal;

 

- FR (Fator Ritmo)< 100% = Ritmo abaixo do normal.

 

Determinação das tolerâncias (TOL %)

 

Ao determinar os tempos de execução da operação, devemos considerar que as pessoas possuem necessidades que devem ser considerados no cálculo, tais como:

 

- Esforço Mental;

 

- Esforço Físico;

 

- Tempo perdido e recuperado;

 

- Abono para monotonia

 

Cálculo do Tempo Padrão

 

Com a determinação do tempo normal e das tolerâncias, podemos aplicar a equação do tempo padrão:

 

 TP = TN x (100/(100 – TOL %))

 

A determinação do tempo padrão nos processos produtivos traz um controle que oferece benefícios nas áreas de PCP, no estabelecimento de incentivos à produtividade,  permite identificar melhorias nos métodos e processos, estabelecer um padrão para os custos de produção, entre outros.

 

Essa melhoria produz diferenciais competitivos importantes para a permanência da empresa em um mercado cada vez mais competitivo.

 

 

 

 

Um processo utilizado há muitos anos, mas ainda pouco aplicado principalmente pelas pequenas indústrias é o estudo de tempos e movimentos.

 

 

Objetivando aumentar a capacidade produtiva, estabelecendo uma rotina de trabalho eficiente com o mínimo de custos decorrentes dos desperdícios gerados no processo, o estudo de tempos e movimentos nas atividades fabris tornou-se uma ferramenta poderosa para esta finalidade.

 

 

 

A análise do trabalho e o estudo dos tempos e movimentos (motion-time study) é o instrumento básico para se racionalizar o trabalho. Assim este é executado melhor e mais economicamente por meio da análise, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. Taylor foi o mentor desta idéia.

 

Para diminuir o tempo de operação dos postos de trabalho torna-se necessário a aplicação da simplificação do trabalho através de um amplo Estudo de Tempos e Movimentos, envolvendo as seguintes etapas:

 

- Estudo de Tempos;

 

- Estudo de Movimentos;

 

- Estudo dos Postos de Trabalho;

 

Para realizar este estudo, e determinar onde a simplificação do trabalho faz-se necessário compreender o fluxo do processo produtivo.

 

A simplificação do trabalho

 

Para a realização desta etapa é necessária uma  ampla cooperação de todos os setores, criando ou melhorando os dispositivos que facilitam a execução das tarefas.

 

 A melhoria contínua é fundamental para que a eficiência da linha de produção atinja sua capacidade máxima, ou seja, o tempo real deveria estar próximo do tempo padrão.

 

O processo de todas as linhas é avaliado através do Estudo de Tempos e Movimentos onde se procura identificar os tipos de movimentos:

 

 Movimentos produtivos (alcançar, pegar, mover, colocar em posição, juntar, desmontar, usar e soltar),

 

Movimentos retardatários (procurar, encontrar, escolher, pré-colocar em posição, pensar e examinar) e

 

Movimentos improdutivos (atraso inevitável, atraso evitável, tempo de descanso e segurar), objetivando com isso a determinação do melhor método de execução de um trabalho, mediante a análise dos movimentos feitos pelo operador durante a operação, e seu tempo-padrão.

 

É importante ressaltar que os processos devem ser estabelecidos para o uso das duas mãos (uso simultâneo) e a disposição dos postos de montagem (layout dos postos) são realizados conforme o uso das mãos (disposição de caixinhas de peças e ferramentas).

 

 É sabido que o melhor coeficiente de eficiência é atingido quando as duas mãos começam e terminam seus movimentos ao mesmo tempo e não permanecem inativas, a não ser em tempos de descanso, ou seja, é inadequado que o operador utilize somente uma das mãos, ou a use de forma alternada. Desta forma, o trabalho cansa menos, estabelecendo o equilíbrio do corpo. Usar as mãos de forma alternada representa uma quebra de capacidade de produção do operador.

 

 A seqüência de movimentos composta de menor número de elementos é a melhor para a execução de um determinado trabalho, ou seja, quanto menor o número de movimentos, maior será a eficiência. A eficiência também atinge seu maior grau através do menor índice de fadiga, quando os movimentos se restringem menor escala possível.

 

Finalmente é importante analisar também as condições de trabalho, devendo ser sempre as mesmas (formato da peça, percurso, peso, domínio do movimento, etc) pois desta forma o tempo necessário à execução dos elementos é básico e constante para um determinado grau de habilidade.

 

Outro ponto é avaliar os movimentos, a disposição dos postos, as operações em cada posto de trabalho, visando reduzir o tempo-padrão, fazendo com que atingisse a capacidade estabelecida como meta diária. Através dos estudos de tempos e movimentos se consegue aumentar a produção consideravelmente.

 

Para a simplificação do trabalho são necessárias três operações sucessivas:

 

observação (onde está a base de toda ciência, a aplicação dos sentidos);

 

hipótese (”em virtude do que observei, acredito que a solução tem de ser essa”);

 

experimentação (observando novamente o comportamento do fenômeno).

 

O Estudo de Tempos e Movimentos compreende, portanto, o Estudo do Trabalho (procurar as melhores condições dessa ação para conseguir a maior produtividade do trabalho humano), compreendendo duas técnicas principais:

 

Estudo dos Métodos: registro, análise e exame crítico sistemáticos dos métodos existentes e propostos para executar um trabalho e o desenvolvimento e aplicação de métodos mais simples e mais eficazes. Para tanto, devemos eliminar tudo o que é desnecessário.

 

Estudo dos Tempos (ou medição do trabalho): visa determinar o conteúdo do trabalho de dada tarefa pelo cálculo do tempo que sua execução, conforme uma norma de rendimento bem definida, demanda a um colaborador.  

 

 Durante a observação e análise dos tempos e métodos, faz-se necessário analisar também os fatores que influenciam no trabalho:

 

o        Produto (Qualidade);

 

o        Executante (competência, habilidades, etc);

 

o        Materiais (Matérias-Primas, etc);

 

o        Processos de Fabricação;

 

o        Meios de execução (máquinas, ferramentas, dispositivos, etc);

 

o        Métodos (maneiras de executar os processos);

 

o        Manuseios (deslocamentos);

 

o        Local de trabalho;

 

o        Ambiente físico (ordem, higiene, condições de salubridade, etc);

 

o        Ambiente psicológico (disciplina, dedicação, etc);

 

o        Tempo gasto (resultante da interferência de todos os outros fatores).

 

 Para o estudo de tempos e movimentos ser completo, deve-se atuar sobre todos estes fatores (eliminar o desnecessário, aquilo que não agrega valor), ou seja, precisamos eliminar o tempo que não agrega valor, fazendo as seguintes perguntas:

 

A solução é eficiente, ou seja, está se fazendo certo a coisa? Fez o que esperava que fizesse?

 

A solução é eficaz, ou seja, está se fazendo a coisa certa? É necessária esta tarefa? Por quê fazemos o que fazemos? Por quê fazemos desta maneira?

 

A análise do trabalho é a primeira etapa de melhoria dos métodos. A partir dessa implantação, podemos avaliar os tempos, buscando definir o tempo-padrão.

 

Este é o assunto para o próximo post.

 

 

 

A visão da indústria é produto de um amplo debate. A preparação da contribuição da CNI às eleições presidenciais de 2010 inicia-se no IV Encontro Nacional da Indústria, que teve como foco as prioridades para 2011-2014. Mais de 1.500 empresários participaram da definição da agenda da indústria.

 

Uma síntese das propostas está apresentada a seguir.(Fonte CNI)

 

O Brasil vive um momento especial e apresenta um conjunto de fatores muito favoráveis ao crescimento:

•  Democracia consolidada;

•  Estabilidade de preços;

•  Crescente participação e influência na economia global;

•  Rápida capacidade de resposta à demanda mundial por alimentos e energia;

•  Ampla oportunidade de investimentos em infraestrutura;

•  Mercado consumidor em expansão.

O Brasil mudou na transição para o século 21 – e para melhor

 

Os próximos quatro anos serão decisivos .

O Brasil poderá crescer a taxas superiores a 5% a.a., desde que respeite as lições sobre a importância da estabilidade, priorize a competitividade e avance na modernização das instituições econômicas e políticas.

 

A capacidade de crescer mais e melhor dependerá, cada vez mais, de uma estratégia muito bem defnida, com foco no Brasil que queremos ter e na indústria que precisaremos ter. E há muito a fazer.

 

Crescer mais e melhor signifca:

•  Desenvolver-se de forma sustentada;

•  Reduzir a pobreza e a desigualdade;

•  Preservar a sustentabilidade ambiental;

•  Garantir a diversifcação e transformação da estrutura produtiva.

 

Crescer faz toda a diferença

Nas décadas de 1980 e 1990, a renda per capita crescia, em média, apenas 0,5% ao ano. Nesse ritmo, o País levaria 137 anos para dobrar a sua renda per capita.

Entre 2004 e 2008, a renda per capita no Brasil cresceu 3,4% ao ano. Nesse ritmo, a renda dos brasileiros dobraria a cada 21 anos, ou seja, no espaço de cinco mandatos presidenciais.

 

A meta: dobrar a renda per capita a cada 15 anos

O Brasil pode – e deve – ser mais ambicioso.

Pode dobrar a sua renda per capita a cada 15 anos, o estrito limite de uma

geração. Não é necessário milagre para atingir este objetivo. Mas exige uma agenda de trabalho. É o que propomos neste documento.

Se o PIB anual se expandir a 5,5%, conforme o cenário do Mapa Estratégico da

Indústria 2007-2015, a renda per capita do País crescerá à taxa anual de 4,5%.

 

 

Nesse ritmo, sustentado ao longo do tempo, o Brasil multiplicará por quatro sua renda per capita, alcançando o patamar dos países mais ricos do mundo até 2040.

 

A questão: como multiplicar por quatro a riqueza dos brasileiros?

Como fazer, num espaço de 30 anos, o salto da atual renda per capita de US$ 10 mil para um Brasil com rendimento médio de US$ 40 mil?

a resposta: sustentar o crescimento da renda per capita em 4,5% a.a. é a chave da questão

E, neste processo, a Indústria brasileira tem um papel decisivo.

 

A Publicação da CNI “A Indústria e o Brasil – uma agenda para crescer mais e melhor” detalha do ponto de vista dos industriais o que deve ser feito.

 

Nos próximos posts, vamos apresentar alguns pontos relevantes desta posição e sua importância para a pequena e mico indústria.

 

 

 

 

 

Repetindo o antigo jargão que uma empresa só sobrevive dentro de uma sociedade se for para contribuir para a satisfação das necessidades das pessoas, uma estratégia para alcançar estes resultados esta na implantação do Controle da Qualidade Total. A prioridade da empresa são os consumidores, é necessário que eles sintam satisfeitos por um longo tempo após a compra ou utilização do serviço.

 

 

 

A primeira pessoa em que a empresa se preocupa é o cliente a segunda e seus empregados. A empresa deve se esforçar para que tenha crescimento profissional para o aporte de conhecimento.

 

 

 

O terceiro interesse da empresa são seus acionistas/ proprietários, a empresa deve ser lucrativa a fim de quitar seus compromissos e remunerar seus acionistas.

 

 

 

O quarto são os vizinhos que devem ser respeitados através do controle ambiental. Como atingir este objetivo principal? Pela prática do controle da qualidade total, que atende aos objetivos da empresa.

 

 

 

Controle de Qualidade Total é um sistema gerencial que parte do reconhecimento das necessidades das pessoas, utiliza padrões para essas necessidades e visa melhorar continuadamente esses padrões.

 

 

 

O controle da qualidade total é um sistema administrativo aperfeiçoado no Japão, a partir de idéias americanas ali introduzidas logo após a Segunda Guerra. O TQC é baseado em elementos de várias fontes: emprega o método cartesiano, aproveita muito do trabalho de Taylor utiliza os controles estatísticos de processos, trabalha motivação com os  fundamentos de Maslow e aproveita todo conhecimento ocidental sobre qualidade, principalmente o trabalho de Juran.

 

 

 

Reconhecer quais são os fins (resultados) desejados para uma empresa, o objetivo de uma organização humana é satisfazer as necessidades das pessoas, então o resultado é a qualidade total, que segue as seguintes premissas:

 

Qualidade - Esta ligada diretamente à satisfação do cliente interno ou externo.

 

Custo - É visto não só como custo final do produto ou serviço, mas inclui também os custos intermediários. Cobra-se pelo valor agregado.

 

Entrega-São medidas as condições de entrega índices de atrasos, índices de entrega, índices de entrega em local errado etc.

 

Segurança - Avalia-se a segurança dos empregados e a segurança dos usuários do produto, índices de acidentes índices de gravidade.

 

 

 

Qualquer resultado fora do esperado deve ser controlado. Este é o significado de controlar os meios através da medida da qualidade total de resultados definidos por indicadores.

 

 

 

O controle da qualidade total e regido pelos seguintes princípios básicos:

 

- Produzir e fornecer produtos ou serviços que atendam as necessidades dos clientes.

 

- Garantir a sobrevivência da empresa através do lucro continuo

 

- Identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais alta prioridade.

 

- Raciocinar e decidir com dados e com base em fatos.

 

- Gerenciar a empresa ao longo do tempo do processo e não por resultados.

 

- Reduzir as dispersões através do isolamento de suas causas fundamentais.

 

- Não permitir a venda de produtos defeituosos.  

 

- Nunca permitir que o mesmo problema se repita pela mesma causa.

 

- Respeitar e valorizar os empregados.

 

 -Definir e garantir a execução da visão e estratégia da alta direção.

 

 

 

 

Voltamos ao assunto qualidade e produtividade, pois é um tema que nunca se esgota.

 

 A produtividade é aumentada pela melhoria da qualidade e conforme já comentamos em post anterior e este é um fator de sobrevivência.

 

 

Existem ameaças á sobrevivência das empresas em todo mundo pelos mais variados motivos:

 

- Seu produto perdeu atualidade, pelo lançamento de um outro produto melhor e mais barato.

 

- Alguns países, no desespero de conseguirem divisas, baixaram o preço internacional de seu produto fazendo com que sua empresa perdesse competitividade;

 

- Seus concorrentes já utilizam novos equipamentos que tornaram o seu processo ineficaz para o novo nível de qualidade e tecnológico colocado no mercado.

 

 

 

O verdadeiro critério da boa qualidade é a preferência do consumidor. É isto que garantirá a sobrevivência de sua empresa: a preferência do consumidor pelo seu produto em relação ao seu concorrente, hoje e no futuro.

 

 

 

Mas somente garantir a qualidade, não é o suficiente, os produtos serviços devem ser especializados, projetados e produzidos de tal forma a terem valor, ou seja, serem necessários, desejados e ambicionados pelos clientes, eles evidentemente, sempre procurarão o máximo valor pelo seu dinheiro. Para aumentar a produtividade de uma organização, deve-se agregar o máximo de valor (máxima satisfação das necessidades dos clientes).

 

 

 

 Garantir a sobrevivência de uma empresa é também cultivar uma equipe de pessoas que saiba montar e operar um sistema, que seja capaz de projetar um produto que conquiste a preferência do consumidor a um custo inferior ao de seu concorrente.

 

 

 

Esses dois fatores, a qualidade assegurada e o máximo de produtividade, resultam em uma empresa competitiva. Ser competitivo é ter a maior produtividade entre todos os seus concorrentes e o que realmente garante a sobrevivência das empresas é a garantia de sua competitividade. A competitividade decorre da produtividade e esta da qualidade.

 

 

 

Esses conceitos estão interligados, pois: sobrevivência depende da  competitividade, a  produtividade da qualidade (preferência do cliente) o que requer um  projeto perfeito de  fabricação perfeito, envolvendo a segurança do cliente, assistência perfeita, entrega no prazo certo e  custo baixo.

 

 

 

 

 

O discurso já muito conhecido e batido, porém verdadeiro de que a qualidade do produto ou serviço é fundamental para a sobrevivência da empresa. Apesar de ser entendido, muitas vezes não é cumprido pelas empresas, principalmente as pequenas, gerando os tradicionais custos da falta de qualidade, como: devoluções, retrabalhos, refugos e o maior deles, a perda de clientes.

 

Pensando nisso, foram criados programas de qualidade para essas pequenas empresas. O objetivo principal desses programas é mudar a cultura da empresa, utilizando para isso processos enxutos, eficazes, focados em resultados e não em planilhas ou sistemas informatizados complicados.

O tradicional Programa 5S, não é apenas um programa de organização e limpeza, pode ser aplicado como ferramenta essencial para a gestão da qualidade.

 

A aplicação do descarte, organização e limpeza, garantem um ambiente físico mais agradável, mas isto somente não basta. O clima de relacionamento, motivação e equipe, conhecido como saúde ou higiene no 5S, completa o ambiente de trabalho produtivo, incluindo o comprometimento por parte das pessoas.

 

A última etapa “Disciplina” ou “Ordem Mantida”, tradicionalmente se preocupa em manter as etapas anteriores, mas pode ser estendido aos processos, implantando-se procedimentos ou instruções de trabalho para todas as atividades da empresa, estimulando assim, uma padronização das atividades.

 

Se acrescentarmos auditorias ou um plano de inspeção de qualidade, temos um sistema de gestão de qualidade simples implantado.

 

O SEBRAE oferece o programa 5 S sob o título D’OLHO na Qualidade, que além do curso, pode incluir consultorias para auxiliar a empresa na implantação.

 

Caso a empresa pretenda buscar uma certificação de qualidade, a norma mais conhecida é a ISO 9001, que em princípio pode parecer um pouco complexa e burocrática, mas pode perfeitamente ser implantada nas pequenas empresas.

 

O investimento pode ser um pouco elevado, portanto requer uma análise de viabilidade financeira muito apurada, observando sempre a relação custo/benefício.

 

Entre os benefícios, temos a maior conformidade dos produtos ou serviços, diminuindo o retrabalho, devoluções, refugos e principalmente uma imagem positiva junto a seus clientes como sendo uma empresa confiável.

 

 

 

 

Uma questão crucial no controle de qualidade por variáveis (medidas) é o problema da confiabilidade dos bancos de dados. Em diversas ocasiões nota-se que os dados não fornecem uma idéia real de parâmetro a ser analisado e isto se deve, em grande parte dos casos, ao fato de se tentar extrair do instrumento de medição, uma informação mais apurada do que ele consegue fornecer.

 

Este importante ponto de vista é muitas vezes ignorado. O sentimento geral é de que, sendo um instrumento sofisticado, ou extremamente caro, ou ainda com visor digital, deve ser bom.

 

Qualquer programa de controle de qualidade parte do princípio que os dados observados (medições) podem ser bons, pois o controle não vale nada se os dados analisados não são confiáveis.

 

Os equipamentos de medição estão sujeitos a variações, aleatórias ou não. Desta forma, uma análise completa e significativa do processo somente pode ser feita se o instrumento de medição usado para coletar dados for “exato e repetitivo”.

 

Se os instrumentos não forem devidamente calibrados, podem surgir variações sistemáticas e tendências.

 

Se os resultados não são os mesmos quando diferentes pessoas utilizam o mesmo equipamento de medição para obter valores similares de leitura, dizemos que o equipamento de medição não é “reprodutível”.

 

Uma variação periódica na indicação do equipamento de medição,  pode ser causada por desgaste, deteriorização ou condições do meio, tal como mudanças de temperatura durante sua utilização. Isto afeta a “estabilidade” dos resultados obtidos com o equipamento de medição.

 

O equipamento usado deve ser capaz de representar toda a faixa de medição pretendida. Caso contrário, pode causar erros e desvios sem que se percebam. Este fato denomina-se “linearidade”.

 

Outro tipo de variação, chamada randômica, é geralmente ligada à característica de construção do equipamento, tal como o atrito interno. Este pode causar variações numa série de medições realizadas, impedindo-o de ser “repetitivo”.

 

Todos este fatores, exatidão, repetibilidade, reprodutibilidade e linearidade, combinados afetam o desempenho do sistema de medição.

 

Portanto, se algum item de seu produto possui como característica de qualidade uma medida, é fundamental avaliar o meio de medição, considerando inicialmente três aspectos fundamentais:

 

- Calibrar e aferir os equipamentos de medição periodicamente;

 

- Treinar os colaboradores que efetuam as medições;

 

- Criar um ambiente adequado para realizar as medições (temperatura e iluminação).

 

 

 

Estes são os cuidados iniciais para que as medidas coletadas correspondam à realidade, garantindo assim um produto dentro das especificações.

 

 

 

 

O mercado coloca à disposição das indústrias, equipamentos e suprimentos, novas tecnologias, processos e serviços, com vistas à reduzir tempo e  custos de produção, sem comprometer a excelência de qualidade dos serviços e produtos.

 

Este investimento valioso deve permanecer produtivo por muito tempo, para tanto a manutenção do maquinário, com destaque para as ações de prevenção tem hoje um importante espaço no cenário das indústrias, que estão cada vez mais automatizadas.

 

As inovações nas tecnologias da  eletrônica, mecânica, elétrica e hidráulica servem de apoio nas decisões estratégicas da empresa. Agregam valores em termos de disponibilidade, confiabilidade, sustentabilidade, qualidade, segurança do trabalho, garantindo eficiência no desempenho e principalmente redução de custos.

 

 

A manutenção, como função estratégica das organizações é responsável direta pela disponibilidade dos ativos, tem importância capital nos resultados da empresa. Esses resultados serão tanto melhores quanto mais eficaz for a gestão da manutenção.

 

 

 

As organizações devem procurar as melhorias contínuas na sua gestão da manutenção, buscando-se incessantemente conhecimentos inovadores e aplicação das melhores práticas da manutenção.

 

 

 

Os métodos e tipos mais comuns de manutenção são:

 

 

 

Manutenção corretiva é a manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida;

 

 

 

Manutenção preventiva é a manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item;

 

 

 

Manutenção preditiva são as manutenções que permitem garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem para reduzir a um mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva.

 

 

 

Entre todos os tipos de manutenção nenhuma modalidade substitui outra, porém associadas uma da outra, trarão resultados positivos em termos de performances gerais nas gestões.

 

 

 

Qualquer sistema de gestão envolve o planejamento, prolongando-se num ciclo dinâmico, que inclui a organização, a execução, a direção e o controle, o mesmo ocorre com a gestão da manutenção.

 

 

 

As atividades para o gerenciamento da manutenção devem incluir:

 

 

 

- Definição dos itens de controle / indicadores de desempenho

 

- Padronização

 

- Execução da manutenção

 

- Análise e gestão de falhas

 

 

 

Como já vimos anteriormente, a gestão da manutenção visa aumentar a disponibilidade dos equipamentos, isto significa reduzir falhas e aumentar a confiabilidade, que é realizada pela manutenção preventiva ou reforma do equipamento.

 

 

 

Para alcançar esses objetivos é necessário possuir o profissional preparado para esta função, que pode ser funcionário da empresa ou terceirizado. No caso da terceirização a parte técnica geralmente deixa a desejar, portanto uma avaliação da qualidade dos serviços é fundamental.

 

 

 

O importante é valorizar a função manutenção, para que tenhamos os equipamentos sempre disponíveis e confiáveis para a produção.

 

 

 

 

Dentre as muitas técnicas que podem ser usadas para implantar o sistema da qualidade numa empresa está o programa dos 5 S's. Um programa simples, mas que oferece vários benefícios ao empresário e funcionários. A ordem, a limpeza, o asseio e a autodisciplina são essenciais para a produtividade.

Porém, este programa implantado sozinho não assegura um sistema de qualidade eficiente. É necessário haver melhorias contínuas, treinamentos e conscientização do pessoal quanto à filosofia da qualidade.

O ponto principal do programa não é somente a aplicação dos conceitos, mas a mudança cultural de todas as pessoas envolvidas e a aceitação de que cada um deles é importante para melhorar o ambiente de trabalho, a saúde física e mental dos funcionários.

O Programa teve origem no Japão na década de 50 e é chamado de 5 S's porque as palavras em japonês começam pela letra "S" - Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke.

Em sua essência significa:

1 - Descarte - retirar do ambiente de trabalho tudo que é inútil;

2 - Organização - arrumar os materiais, documentos, ferramentas, objetos, para que possam ser localizados rapidamente;

3 - Limpeza - deixar o ambiente de trabalho livre de sujeira e objetos estranhos;

4 - Higiene - saúde física e mental, bom relacionamento, coleguismo, são os pontos chave desta etapa;

5 - Disciplina - para manter e aperfeiçoar as etapas anteriores.

Comece a praticar os 5 S's hoje mesmo.